Alexsandro Costa

Alexsandro Costa
animador autodidata

sexta-feira, 23 de julho de 2010

o primeiro computador

Bom, senhoras e senhores, a história que ou contar agora é a da compra de meu primeiro computador.
Aquilo era o segundo semestre de 2003, eu estava trabalhando em um projeto de animação para um conhecido que havia ganho uma bolsa de pesquisa para produzir uma animação à moda tradicional. Ocorre que no grupo que meu conhecido havia montado ninguém tinha a menor experiência com o serviço e eu já havia feito um curso , por aqui mesmo, de desenho animado, o que não quer dizer que eu fosse expert na coisa , mas perto do pessoal que ali estava......terra de cego, sabem como é !
Eu àquela altura havia percebido que não poderia produzir mais trabalhos de desenho e mostrá-los diretamente no suporte físico, papel, tela. Não tinha jeito! teria de comprar um computador, coisa que eu nem tinha dinheiro para tal e nem vontade pois ainda considerava um sacrilégio para com a maneira tradicional de se fazer desenhos ( imaginem vocês como as coisas podem mudar!)
O fato é que surgiu uma oportunidade de um outro conhecido que era bem relacionado com um empresário do ramo de farmácias de minha cidade e precisava apresentar uma proposta de brinde para ser distribuído aos clientes da rede de farmácias. Ora, eu estava por ali disposto e mostrando serviço, querendo que o mundo soubesse do que eu era capaz. então este segundo conhecido perguntou se eu seria capaz de produzir umas estátuas de lendas amazônicas como boto, iara e mapinguary e disse ainda que o serviço pagaria tão bem que eu poderia comprar meu computador à vista. É claro que nem pestanejei e meti a cara no serviço ainda que nunca tivesse feito estatuetas para ser produzido em série, mas havia passado a infância inteira esculpindo meus heróis de argila e isso me dava segurança.
O caso é que demorei um pouco a chegar em resultados que me agradassem e quando fui procurar o pessoal da agência responsável pela promoção dos brindes de lendas amazônicas
eles , a pesar de gostar as estatuetas que havia levado, disseram-me para esperar algum tempo que eles entrariam em contato comigo. Ah! pra completar, caiu uma chuvarada daquelas quando saí da agência e eu e minhas estatuetas ficamos frustrados e molhados.
O tempo passou, acabei pegando outro trabalho , que por sinal deu muito trabalho, e eu comprei meu primeiro computador seis meses depois, um dia antes de meu aniversário em Outubro de 2004.
As estatuetas ficaram comigo até hoje. Minha mãe afeiçoou-se a ela e não permitiu que eu me desfizesse delas , coisa que eu pretendia fazer em momentos de raiva com o resultado imediato do processo da confecção delas. Bom também o tempo deu um trato nelas juntamente com algumas quedas.
Agora resta que eu mostre-as a vocês. Aqui estão elas.


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Minha visão do boto lendário que se transforma em homem para engravidar as moças de família nas noites de lua cheia.



Minha versão de mapinguary, monstro lendário da amazônia que ataca os índios e quem encontrar pelo caminho na floresta, comendo-os com sua enorme boca localizada direto sobre o estômago.


A iara , ser metade mulher- metade peixe que encanta os homens com sua beleza e os leva para o fundo dos rios e igarapés.


Até a próxima, meus amigos!

Um comentário:

  1. Nooossa, mô, faz tempo, hein?
    Nem me lembrava mais dessas estatuetas. A que eu mais gostava era da Iara.
    As fotos ficaram muito boas.

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